Ilha de Mosqueiro

“Moqueio” era um método utilizado pelos índios para a conservação de alimentos. No preparo para o “moqueio”, os índios faziam pequenos cortes no peixe, chamados pelos portugueses de “musqueia”. Dessas duas variações, vem o nome da nossa chamada Ilha de Mosqueiro, distrito administrativo a 70 quilômetros de Belém.Os primeiros povoadores colocaram a ilha como entreposto para a venda de pescado, porém, no final do século XIX, Mosqueiro se tornou um balneário de fim de semana para muitos estrangeiros que aqui se instalaram, em função da crescente e lucrativa extração da borracha.
A ilha foi sendo povoada por casarões imponentes, pertencentes às personalidades mais influentes da época, que iam nos finais de semana se banhar nas ondas doces de rio-mar oferecidas pela ilha.Todos que visitam a Ilha de Mosqueiro até hoje se encantam com sua beleza peculiar, porém, mais bonita ela era alguns anos atrás. Falo isso como experiência pessoal. Minha família, como muitas em Belém, possuía casa em Mosqueiro. Mas, em função do decadente abandono e depredação da ilha, se desfez do imóvel.Lembro-me bem de minha infância, quando podíamos sair despreocupadamente pela praia, sem medo de cortar o pé em garrafas, ou detritos jogados por pessoas inescrupulosas, e podíamos nos banhar sem medo de pegar qualquer tipo de infecção, e curtir o que de melhor a natureza tinha para nos oferecer.
Isso sem falar no abandono social, com constantes assaltos as casas, estando elas vazias ou ocupadas, e a destruição de patrimônio histórico pertencente à ilha.Não quero criticar qualquer administração, nem fazer média com ninguém, porém, Mosqueiro há muito deixou de ser o que era há anos. Suas praias estão poluídas por esgotos, e pelo lixo deixado por quem tanto a freqüentou. A culpa não cai somente sobre os órgãos governamentais, mas sobre a própria população que não soube zelar pelas belezas naturais oferecidas por Mosqueiro.
Mas ainda há tempo de tomar atitudes que ajudem a revitalizar a Ilha de Mosqueiro, atitudes que começam simplesmente por cada um de nós, freqüentadores, turistas, cidadãos. Preocupados em zelar por algo tão belo e único, destinados não só a nós, mas às gerações futuras. Mosqueiro possui lindas praias de água doce com ondas de até um metro de altura! Cuidar para não perder, que esse seja nosso lema! Para quem quiser conhecer nossas praias de rio-mar, rodeadas do verde da Amazônia, a Ilha de Mosqueiro é e sempre será a melhor pedida!
Thais Resque

Leia Mais...

Ao alcance de todos

Você já deve ter sido surpreendido alguma vez com perguntas do tipo: Qual o futuro do planeta? O que nossa geração vai deixar de herança para as próximas? ou ate mesmo pensando qual o destino do lixo de nossas casas? Na TV, nos jornais, em campanhas publicitárias, nas universidades, elas tem se tornado mais freqüentes, não é mesmo? e não é a toa.

A preocupação tem aumentado por que os efeitos do uso irracional dos recursos que temos, tem provocado danos que nem sempre podem ser consertados. Por isso, as respostas para estes questionamentos não são satisfatórias, mas a reflexão que geram já é um grande começo.

Há uns dias atrás, passando pela banca de revistas, me chamou atenção à reportagem de capa da Revista Super Interessante desse mês: O fim dos oceanos. Trata-se dos efeitos maléficos do uso insustentável de um ecossistema que é fundamental para nossa existência.

Na reportagem soube que a indústria naval promete dobrar sua frota ate 2025, ou seja, cada vez mais navios cargueiros estarão navegando e provocando um ruído de 150 a 195 decibéis, um barulho muito maior que uma britadeira ou um Ipod no ultimo volume. Se isso continuar, por uma concha no ouvido e ouvir o barulho das ondas, trazendo a seção de calmaria, vai deixar de ser a representação do barulho do mar.

O resultado de toda essa barulheira no mar são distorções nos comportamentos dos animais marinhos, que usam a audição para se comunicar e se localizar. Cientistas concluíram que a baleia-azul esta ficando surda (escuta a distancias ate 90% menores que antes), já a Orca esta precisando gritar pra produzir cantos mais longos para ser ouvida. Esses são apenas alguns exemplos, sem levar em conta os efeitos dos testes militares com sonares “caça submarinos”.

Alem de transformar os oceanos em uma grande linha cruzada, outro grande problema relacionado à frota de navios no mar é a introdução de espécies exóticas em ambientes costeiros, através do transporte da água de lastro, usada para dar estabilidade ao navio. Os vetores do cólera e da hepatite são exemplo de doenças que podem ser transportados através da água de lastro. No Peru o vibrião do cólera chegou através da descarga de água de lastro nos anos 90, depois de passar décadas erradicado na América do Sul. O cólera contaminou os frutos do mar ingeridos pela população, registrando-se cerca de 200 mil casos e 10 mil mortes, se alastrando por 14 países.

A pesca indiscriminada fez sumir 90% dos peixes grandes, e isso tem efeito direto na nossa dieta, se considerarmos que no passado os oceanos eram dominados por batalhões de tubarões, bacalhaus, atuns e peixe-espadas, quando essas espécies se extinguirem de vez, serão as espécies de peixes pequenos que estaremos consumindo num futuro próximo, se continuar assim almoçaremos um dia vamos acabar jantando plâncton.

Sabemos que a maioria da população se concentra nas áreas costeiras. Porem, o destino do lixo do continente é os oceanos, trazido pelo escoamento dos rios. Existe um vídeo no YoutTube que mostra a necropsia do estomago de um albatroz, de onde foram tiradas 5 tampinhas, 1caneta, um pedaço de tela e ate uma escova de roupa.

Em 1997 foi descoberta uma área entre o Havaí e a Califórnia, um pouco maior que o estado de Minas Gerais com 3,5 milhões de toneladas de lixo sólido. Esse lixo se concentra lá sobre o feito das correntes marinhas que formam um vórtice nessa região que é chamada de “O grande lixão”. A partir daí surgiram campanhas mais severas de ecologistas contra a poluição, não só por plásticos, que é a maior, mas também por vazamentos de óleos e o despejo de esgotos e fertilizantes.

Um outro agravante, não menos comentado, é o aquecimento global e a emissão de carbono pra atmosfera. 40 % do co2 que existe na atmosfera é absorvido pelos oceanos. Conseqüência disso são águas mais ácidas, que desequilibram o ambiente marinho e levam a morte de espécies marinhas não adaptadas a essas mudanças, como é o caso de algas simbiontes que dão cor aos corais e atuam na alimentação desses organismos. Os recifes são os sistemas mais vulneráveis do planeta e riquíssimos em biodiversidade, já descobrimos susbtâncias que são base da produção de remédios como AZT, coquetel que combate o vírus da AIDS e Acyclovir, que combate a herpes. Muitas outras riquezas podem não chegar a serem descobertas se medidas urgentes não forem tomadas.

A antiga visão, de que os cerca de 70% da superfície da terra que representa os oceanos, são fontes de recursos infinitos e onipotentes, esta sendo deixada de lado, estamos pescando demais, poluindo demais, navegando demais. O pior de tudo isso é não sabermos ao certo as conseqüências e o que ainda pode ser evitado.

Por isso campanhas para substituirmos as sacolas de supermercado, não são inúteis. A essa altura temos que contar com o nosso bom senso e fazer a grande revolução primeiro em nós mesmos, o que pode evitar cenas como as que eu vi nas praias de algodoal, depois da virada do ano, garrafas, latas, sacolas, plásticos, tudo isso na areia para o mar levar. Mostrando que a responsabilidade pelos estragos não é só das grandes industrias, preocupadas em produzir cada vez mais para atender o consumo. Por que não fazer diferente aquilo que está ao nosso alcance????
Aline Crizanto

Leia Mais...

Parque Nacional do Cabo Orange - Fauna e Flora

A fauna e a flora do Cabo Orange Por estar de frente para o Oceano Atlântico, o PNCO protege 200 quilômetros de um dos mais importantes e frágeis ecossistemas existentes, os manguezais, que funcionam como "berçários" para diversas espécies de crustáceos e peixes.


Seu excelente estado de conservação garante abrigo seguro e alimentos abundantes para a reprodução de muitas espécies de aves migratórias, répteis e mamíferos, muitos dos quais ameaçados de extinção em outras partes da Amazônia e do Brasil por causa da destruição de seus ambientes naturais.

É o caso de aves como o guará (Endocimus ruber), colhereiro (Platalea ajaja Linnaeus) e o flamingo (Phoenicopterus ruber), da tartaruga-verde (Chelonia mydas), da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea)
e de mamíferos como o peixe-boi marinho (Trichechus manatus), o peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis), a onça pintada (Panthera onca), a suçuarana (Puma concolor) e o veado-campeiro (Ozotocerus bezoarcticus). Por isso, o Parque Nacional do Cabo Orange tem como um de seus maiores atrativos a observação de animais, especialmente de aves.

O parque guarda igualmente uma flora diversificada, onde vicejam espécies como a siriúba (Avecennia nitida), o periquiteiro (Cochlospermum insigne), o buriti (Mauritia flexuosa), a andiroba (Carapa guianensis) e o açaí (Euterpe oleracea). Árvores de grande porte, como a maçaranduba (Manilkara huberi), acariquaras (Minquartia guianensis) e quarubas (Qualea sp), se destacam na paisagem do parque.

















Leia Mais...

Parque Nacional do Cabo Orange - Apresentação

Para além do Oiapoque, no Amapá, está uma região tão selvagem quanto ameaçada. A região foi alvo de disputa entre portugueses e franceses por mais de dois séculos. Os portugueses saíram vitoriosos, mas quem ganhou mesmo fomos nós por termos em território brasileiro uma paisagem tão rica. É uma pena que essa riqueza natural não baste ao homem. Em busca de dinheiro, o homem caça e devasta indiscriminadamente pondo em risco um dos verdadeiros tesouros brasileiros.

figura 1: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/

Em 1980 o governo transformou uma extensa área do extremo norte do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa, no Parque Nacional do Cabo Orange. Seus 619 mil hectares protegem paisagens moldadas pelo contato dos ecossistemas amazônicos com as correntes do Oceano Atlântico. São mangues, campos inundáveis, campos limpos entrecortados por buritizais, cerrados, florestas inundáveis (também chamadas várzeas), florestas de terra firme, além de ecossistemas marinhos.





figura 2: http://www.ibama.gov.br/


É, ao mesmo tempo, um parque continental e um parque marinho, já que aproximadamente 200 mil hectares de sua área estão em zona de estuário. Situado junto à foz dos rios Oiapoque e Uaçá, o PNCO abrange terras dos municípios de Calçoene e Oiapoque. Foi a primeira unidade de conservação federal criada no Amapá, estado que tem hoje 55% de seu território protegido por parques, reservas e terras indígenas. O parque do Cabo Orange tem como limites a Guiana Francesa, ao norte; as terras indígenas Uaçá e Juminã e, num pequeno trecho, o Projeto de Assentamento de Vila Velha, a oeste, e o Oceano Atlântico, a leste.




figura 3: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/


As terras que constituem essa unidade de conservação foram habitadas por várias populações indígenas e, posteriormente, disputadas ao longo de séculos por portugueses, franceses, ingleses e holandeses. Os registros materiais e culturais da história dessa região estão presentes em vários pontos do parque nacional. O próprio nome Cabo Orange, emprestado do acidente geográfico que marca o extremo norte do litoral brasileiro, vem de uma homenagem feita por um holandês à realeza de seu país, que tem a cor laranja como uma marca nacional.

Fonte: http://www.wwf.org.br/

Leia Mais...

Batizando o Barco !!!

É com grande prazer que quebramos essa garrafa de vinho para dar boas vindas ao Informativo Digital "Costa Norte Online", esparamos que o conteúdo do blog possa esclarecer a todos os navegantes que por aqui passarem, informações sobre Oceanografia e temas relacionados, ou mesmo generalidades do que ocorre sobre os auspícios das águas do atlântico na costa norte brasileira !!!

Fruto do esforço de oceanografos e amantes do mar. É com grande prazer que convidamos a todos a desbravar esses mares conosco !!!

[]'s

Leia Mais...

Blogroll

© 2008 Por *Templates para Você*